da ciencia biologica a social
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Em “Da Ciência Biológica à Social: A Trajetória da Antropologia no Século XX”, escrito por Roque de Barros Laraia, temos a explanação de toda a evolução da formação do conceito do que é hoje antropologia. O objetivo do autor é mostrar a nuance de pensamento dos principais estudiosos do século XX e abordar os principais pontos de discordância e concordância entre cada um deles. Através do texto, percebemos claramente a evolução do pensamento antropológico ocidental de acordo com a expansão territorial europeia. Assim que os europeus descobriram outros continentes e se depararam com culturas extremamente exóticas ao seu modo de vida, criou-se a necessidade de entender tais discrepâncias. No começo, a antropologia nada mais era que uma ciência biológica, que usava de métodos exatos para justificar as diferentes sociedades. Inclusive, era uma ciência que disseminava pensamentos racistas. Serviu belamente aos propósitos exploratórios dos europeus. Era uma justificativa cientifica para subjugar o outro, o diferente. Com o passar do tempo, com a evolução da “consciência” humana, os estudiosos decidiram abordar o assunto por outro ângulo. A craniometria não tinha mais uso nesse sentido. A diferença entre os discrepância entre o senso comum sobre o que é cultura e o que ela realmente é de fato. É mais que comum ouvirmos julgamentos do gênero: “Fulano não tem cultura!”, mal sabemos que, “não ter cultura”, é impossível – desde que se seja um membro de uma sociedade. Ou seja, enquanto o indivíduo cresce, ele sofre um processo educativo de como se portar dentro da sua própria cultura. Cultura é um conjunto de regras que nos diz como o mundo pode e deve ser classificado. Mas o mundo é multicultural, e a cada cultura há outras multi-subculturas. Não é um problema existirem diversas culturas, mas é um problema existir a intolerância por outras culturas pregada por cada uma delas. Se cada cultura e cada subcultura pregar que apenas o seu