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“As alterações mecânicas do tecido cardíaco são pressentidas pelas células adjacentes à zona de enfarte através das proteínas YAP/TAZ”, explicou ao PÚBLICO Diogo Mosqueira, o primeiro autor do artigo, que fez a investigação no Instituto de Engenharia Biomédica (INEB) e no Instituto Nacional de Ciências Materiais, em Tsukuba, no Japão, durante o mestrado.
Durante o desenvolvimento do coração, as células progenitoras cardíacas são comandadas para se multiplicarem, para se diferenciarem em células do tecido vascular (os vasos sanguíneos ) e em células do tecido muscular, os cardiomiócitos , que são as fibras musculares que mantêm o batimento cardíaco.
Mas ainda se está longe de compreender que papel as células progenitoras têm no coração adulto. “Os resultados experimentais mais sólidos sugerem que essas células terão um papel na geração directa de cardiomiócitos apenas em situações de stress, quando há lesão ou envelhecimento [do tecido cardíaco]”, explica Diogo Mosqueira, que foi orientado pela investigadora Perpétua Pinto-do-Ó, que pertence ao grupo de investigação NEWTherapies do INEB, e também assina o artigo, ao lado de investigadores a trabalharem no Japão, liderados por Giancarlo Forte, Finlândia e noutros