Câncer de mama na gestação
Com a inserção no mercado de trabalho, a mulher passa a assumir diversas funções na área pública e adota um estilo de vida que o mundo contemporâneo impõe. Assim, alimentação desregrada, consumo de enlatados e embutidos, exposição a poluentes ambientais e radiações, sedentarismo, tabagismo e etilismo, exposição a fatores cancerígenos e adiamento das gravidezes interferem na saúde da mulher com o aparecimento de tumores em períodos mais precoces, principalmente no período reprodutivo.
O câncer de mama, uma das principais neoplasias da mulher, está sendo diagnosticado em faixas etárias cada vez mais jovens, não se sabendo ao certo se isso se deve aos programas de detecção precoce e avanços na tecnologia médica ou se a história natural da doença está se modificando pelas alterações ambientais e pela exposição a agentes potencialmente cancerígenos.
O câncer de mama no período da gestação é todo aquele diagnosticado durante a gravidez ou em até um ano após o parto. Representa 0,2 a 3,8% de todos os cânceres que ocorrem em gestantes e apresenta-se como a segunda causa de neoplasia associada à gravidez, ultrapassada apenas pelo câncer de colo uterino.
A ocorrência do câncer no período gestacional esteve durante muito tempo relacionada à ideia de uma doença com comportamento muito agressivo, de prognóstico desfavorável e sem muita perspectiva de tratamento; porém, estudos atuais mostram que a sobrevida entre gestantes e não gestantes é similar, desde que comparadas com grupos iguais em relação à idade, estádio e tipo histológico.
Assim, sabe-se que a doença é passível de tratamento e, consciente desse fato, o profissional de saúde deve, em sua rotina de consulta de pré-natal, priorizar o exame clínico das mamas nas