Cálculos renais
O que é?
O homem expele pela urina grandes quantidades de sais de cálcio, ácido úrico, fosfatos, oxalatos, cistina e, eventualmente, outras substâncias como penicilina e diuréticos. Em algumas condições a urina fica saturada desses cristais e como conseqüência formam-se cálculos. Não é um fenômeno raro até a idade de 70 anos. Aproximadamente 12% dos homens e 5% das mulheres podem ter, pelo menos, um cálculo durante suas vidas. A primeira década da vida não está imune ao surgimento de cálculos, havendo um pico de incidência entre quatro e sete anos de idade. A doença é mais comum no adulto jovem, em torno da 3 ª ou 4 ª década de vida, predominando na raça branca e não havendo diferença de sexo. A recorrência é mais comum no adulto jovem, 15% em um ano, 40% em até 5 anos e 50% em até 10 anos. A população negra tem menos litíase renal que a branca.
Como se desenvolve?
A formação de cálculos é um processo biológico complexo, ainda pouco conhecido, apesar dos consideráveis avanços já realizados. Hoje, constata-se que mudanças nos regimes alimentares, promovidas pela industrialização dos alimentos, mais ricos em proteínas, sal e hidratos de carbono, aumentaram a formação de cálculos.
Todo o indivíduo produtor de cálculos tem envolvimento com um ou mais fatores geradores de cálculo: | Epidemiológicos (herança, idade, sexo, cor, ambiente, tipo de dieta) | | Anormalidades urinárias (saturada de sais, volume diminuído e alterações do pH) | | Ausência de fatores inibidores da formação de cálculos (citrato, magnésio, pirofosfato, glicosaminoglicans, nefrocalcina, proteína de Tam Horsfall) | | Alterações metabólicas (calcemia, calciúria, uricemia, uricosúria, oxalúria, cistinúria, citratúria, hipomagnesúria) | | Alterações anatômicas e urodinâmicas | | Infecções urinárias | As anormalidades da composição urinária têm, no volume urinário diminuído, o principal fator na formação de cálculos.