CYNEFIN
David J. Snowden e Mary E. Boone http://www.revistaharvard.com.br//index.php?option=com_content&task=view&id=169&Itemid=21 Novembro, 2007
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Muitos executivos ficam surpresos quando uma abordagem à liderança que até então teve sucesso não surte efeito numa nova situação. É que contextos distintos pedem respostas distintas. Antes de abordar uma situação, o líder precisa saber qual o contexto dominante — e a ele se ajustar.
Snowden e Boone recorrem à ciência da complexidade para sugerir uma nova perspectiva sobre a liderança e a tomada de decisão. O resultado é o arcabouço Cynefin, que sugere cinco categorias de classificação de situações enfrentadas pelo executivo:
Contextos simples se caracterizam pela estabilidade e por relações de causa e efeito claras para todos.
Não raro, a resposta certa é óbvia. Nesse universo de fatos “sabidamente conhecidos”, o líder primeiro avalia os fatos — ou seja, “percebe” o que ocorre —, faz a categorização e, então, responde.
O contexto complicado pode conter diversas respostas corretas. Embora haja relação clara entre causa e efeito, nem todos conseguem vê-la. É o reino dos fatos “sabidamente desconhecidos”. Aqui, o líder deve perceber, analisar e responder.
No contexto complexo é impossível descobrir uma resposta correta. Contudo, se o líder incentivar experimentos nos quais errar é permitido, podem surgir padrões instrutivos. Nesse universo, ignora-se o que é ignorado. Nele está boa parte das empresas atualmente. Aqui, o líder precisa sondar primeiro, depois perceber e, então, responder.
No contexto caótico, buscar a resposta certa é inútil. É impossível determinar a relação entre causa e efeito, pois esta sofre mudança constante e não há padrões controláveis. É o universo do incognoscível. Nesse domínio, o líder deve, primeiro, agir para estabelecer ordem, perceber em seguida onde há estabilidade e,
então,