CURSO PREVENÇÃO AO USO DE DROGAS
3.1- Referencial teórico
Dados estatísticos indicam que a presença do uso de drogas é constante na vida das crianças ao longo dos anos e que o primeiro uso se dá em tenra idade.
Quanto às prevalências do uso de drogas em geral, o II Levantamento Domiciliar sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil aponta no comparativo aos anos de 2001 e 2005 um aumento importante no uso de maconha (6,9% para 8,8%), benzodiazepínicos (3,3% para 5,6%) e estimulantes (1,5% para 3,2%). Em relação ao álcool, o uso na vida nas 108 maiores cidades do país foi de 68,7% em 2001 para 74,6% em 2005. Quanto ao tabaco, o uso na vida em 2005 teve prevalência de 44,0% da população entrevistada quando comparado a 2001 com 41,1% (CARLINI et al., 2006).
De acordo com o VI Levantamento Nacional sobre o Consumo de Drogas entre Estudantes do Ensino Fundamental da Rede Pública e Privada nas Capitais Brasileiras, nas diferentes faixas etárias o uso na vida de drogas em geral foi relatado por 10,4% dos alunos com 10-12 anos; 22,5% dos 13-15 anos e 42,8% dos 16-18 anos. Com o relato de uso no ano ocorre fato parecido em que a porcentagem aumenta conforme a idade: 5,4% dos 10-12 anos; 9,6% dos 13-15 anos e 17,0% dos 16-18 anos. Em relação à idade do primeiro uso de drogas, cerca de 5% devem ter iniciado a experimentação antes dos 10 anos. Segundo este levantamento, existem evidências que mostram que o uso experimental de drogas na infância e na puberdade pode levar ao uso abusivo ou dependência na vida adulta (NAPPO et al.1, 2010 apud CARLINI et al., 2010, p.406). Por essa razão se justificam programas de prevenção ao uso de drogas para crianças abaixo de 10 anos.
Moreira, Silveira e Andreoli (2006a, 2006b) abordam tanto no artigo intitulado “Redução de danos do uso indevido de drogas no contexto da escola promotora de saúde”, quanto no artigo “Situações relacionadas ao uso indevido de drogas nas escolas públicas