Cura da aids
Ali, ele e sua equipe mostraram os resultados animadores de uma nova família de drogas que inibem uma enzima viral chamada protease. De outubro de 1995 a fevereiro deste ano, 21 pacientes foram medicados. Deles, um desistiu e outros dois reagiram mal ao remédio. Mas dezoito passam bem. “Eles eliminaram 98,9% dos vírus”, explica Ho, que chegou a esse valor graças a complicadas equações. E onde estaria o 1,1% restante? “Boa pergunta”, sorri de novo, mas desta vez um riso amarelo.
Onde está o HIV?
A busca dos esconderijos começa este mês, nos primeiros voluntários que já completaram um ano tomando inibidores da protease junto com AZT e outra droga parente do AZT. “Vamos retirar amostras dos tecidos suspeitos para rastrear a presença de genes do vírus”, conta o agitado médico americano Martin Markowitz, braço direito de David Ho no laboratório nova-iorquino. Se o HIV ainda existir, os pesquisadores vão ter de buscar alternativas diferentes conforme o canto do corpo onde ele for encontrado (veja os locais mais suspeitos abaixo). “É cedo para alguém falar em cura”, diz seco, calando aqueles que, eufóricos, ousaram pronunciar essa palavra. Não foram poucos.
O coro de vozes esperançosas tem em parte razão. Markowitz tem razão também. Se ele, Ho e sua turma vão encontrar o HIV vivo ou