Cultura
ENSAIO FINAL
Janeiro de 2014
Nome: Ana Bento
Segundo Robert Rowland na sua obra Antropologia, História e Diferença, etnocentrismo é o preconceito de «considerar a cultura do seu próprio povo como a medida de todas as outras» (pp.7), isto é, o indivíduo que vê o mundo somente através da sua cultura tem tendência a pensar que só a sua maneira de viver e estar na vida é a mais acertada. Com o passar dos anos, este modo de pensar foi alterado para dar lugar ao «respeito pela diversidade das culturas (…).», pois «Não se pode considerar como inferior aquilo que é apenas diferente.» (pp.8).
No entanto, atualmente e por demasiadas vezes, ainda existe a visão etnocêntrica que, por falta de conhecimento e intolerância por parte dos indivíduos/sociedades origina atitudes racistas, xenofóbicas, desrespeitosas e até radicais. A Antropologia que tem como objetivo não só estudar como também compreender os indivíduos e as sociedades, não pode de modo algum julgar o que é exótico, aliás, deve ter como base o seguinte pensamento «tornar o exótico familiar e o familiar exótico». Através de Raça e História, Claude Lévi-Strauss veio modificar conceitos e classificar os indivíduos não por raças mas por etnias, visto que biologicamente a espécie humana tem a mesma estrutura genética. Ataca as teorias evolucionistas e refere ainda que o conceito de superioridade racial foi desenvolvido apenas para fundamentar ideias de soberania.
Deve-se então valorizar a diversidade «por ser nela que residem as possibilidades de progresso da humanidade, uma vez que o progresso deriva de uma colaboração entre culturas diferentes» e «por ser através da diversidade que se torna possível a compreensão das culturas» (pp.8).
Aos antropólogos é-lhes ensinado que para compreender as diferentes culturas/sociedades tem de se ter em conta o relativismo cultural, isto é, «visto que o etnocentrismo é uma doença cultural que ataca a faculdade de