cultura
Algumas Considerações
Marcus Vinicius Rodrigues
1. INTRODUÇÃO
O tema cultura organizacional, que no final dos anos 80 foi motivo de muitos estudos e escritos, principalmente nos EUA, e que é visto por alguns como uma “novidade” no estudo das organizações, teve seus primeiros passos nas obras Chester Barnard, Douglas McGREGOR, Rensis LIKERT, Philip SELZNICK e Daniel KATZ & Robert KAHN1. Nenhum destes autores dedicaram capítulos específicos de suas obras a abordagem da temática cultura organizacional, mas em vários de seus pressupostos ou conceitos são feitas referencias, explicitas ou implícitas, aos aspectos básicos que constituem a base de análise da cultura organizacional.
Outro aspecto importante, e que provavelmente motivou o estudo ou análise da cultura organizacional com maior intensidade e de forma dirigida, foi a tendência verificada no início dos anos 80 de diversas publicações, de autoria de executivos de grande organizações mundiais, contando a história de suas organizações, dentre os pioneiros então Thomas Watson Jr (IBM), Jesse Kornbluth (PEPSI) e John Love (McDonald´s)2. Posteriormente varias outras organizações, de nível mundial, tiveram também suas histórias relatadas em livros: Sony, GM, Xerox, Ford, entre outras.
No Brasil, o Prof. Cleber Aquino3 coordenou/organizou algumas publicações com depoimentos de empresários brasileiros sobre a história de suas organizações, dentre estes estão incluídos, Matias Machline, Márcio Fortes, Eugênio Staub, Jorge Gerdau, Olacy de Moraes, Omar Fontana, entre outros.
No nível acadêmico temos hoje alguns centros de excelência que têm se dedicado ao estudo da cultura organizacional. Os mais citados no Brasil são os trabalhos realizados no MIT que têm como pesquisadores/autores mais ativos Edgard Schein4 e Chris Argyris5. Na Inglaterra Charles Handy6, professor e pesquisador da London Graduate School of Business Studies vem desenvolvendo interessantes trabalhos a