Cultura
O Choro, popularmente chamado de chorinho, pode ser considerado um gênero musical genuinamente brasileiro. Nascido no Rio de Janeiro, sobretudo após a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil que durante o século XIX trouxe uma experiência de convivência entre diferentes extratos sociais - com toda a multiplicidade de valores, práticas e costumes. Juntamente com as influências europeias (valsa, modinha e a polca) .Vieram também instrumentos como o piano, clarinete, violão, flauta, bandolim e cavaquinho. Além disso, o choro teve uma grande parte da influência africana trazidas pelos escravos e seus descendentes. Uma forma de representar uma identidade propriamente brasileira, marcada por tantas diferenças sociais e étnicas.
“Foi um período muito rico, que se refletiu especialmente na literatura e do qual o Choro é um dos produtos mais valorosos. Se a Corte Portuguesa não tivesse vindo para cá não haveria choro, pois ele nasceu da interação de uma cultura instrumental europeia com as práticas rítmicas trazidas da África pelos escravos”
Henrique Cazes (autor de “Choro, do quintal ao Municipal” (1998), livro que relembra os mais de 150 anos do estilo da MPB.)
Há diferentes explicações para nome que batizou o gênero.Em uma delas da versão que pode ter batizado o gênero,aceita pelo folclorista Luís da Câmara Cascusdo,a palavra choro atual, seria uma adaptação de ‘’xolo’’,que seria a festa dos escravos nas fazendas.Outra versão é de José Ramos Tinhorão, que opta pela origem lacrimosa,inspirada pela melancolia do som. E para o músico Henrique Cazes, autor do livro Choro ,defende a de que o termo decorreu desse jeito marcadamente sentimental de abrasileirar as danças europeias.
Sem muito compromisso no inicio,por volta de 1870 aconteciam as famosas reuniões em casas de família para fazer música no subúrbio no quintais carioca.Onde as festas caseiras supriam a carência de diversão publica, o ritmo instrumental era produzido pelo