Cultura

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA POLÍTICA Especialização em Democracia Participativa, República e Movimentos Sociais

Caroline Lisa Schultz Pedro Bon Joinville, SC, 19 Março 2011. AVALIAÇÃO – DISCIPLINA OBRIGATÓRIA MÓDULO II Instituições Públicas Brasileiras

Discorra sobre as interações entre representação e participação nas democracias contemporâneas. Deixe explicito na sua resposta os impactos dessas interações na *accountability* e na representatividade. Este artigo se propõe a discorrer sobre a importância das interações entre representação e participação nas democracias contemporâneas, através de um olhar voltado para o movimento recente da área cultural para estabelecimento não definitivo, mas contínuo, de uma política cultural desenvolvida com a participação efetiva da sociedade civil. Não se pretende historicizar as intenções de construção de políticas culturais no Brasil que, segundo estudos e registros tem como ponto de partida a década de 30, mas vale ressaltar que é contemporânea a leitura do “Estado sobre a cultura como uma área que deva ser tratada sob a ótica das políticas públicas” (Calabre, 2009). Os ditos fazedores de arte ou cultura estão presentes em quase todos – se não todos – os movimentos políticos mais importantes na história da humanidade. Por ter a necessidade da presença do outro para expressão de sua arte, a interação e a preocupação dos artistas com o povo e com o que falta dignamente ao homem para exercer sua cidadania sempre existiu. E por terem a “mente aberta” e serem destemidos pela capacidade de expressão, sempre estiveram à frente ou engajados coletivamente nas lutas pelo estabelecimento das democracias, em todo o mundo. Podemos até arriscar afirmar que os artistas engajados, e são muitos, concordam com a definição de democracia de Adam Przeworski destacada por Anastácia e Inácio (2006):

“... a democracia é resultante do jogo combinado de instituições