Cultura
Título: Folguedos tradicionais
Indicação bibliográfica: Rio de Janeiro, Edições FUNARTE, 1982, 2ª edição.
Localização: Museu do Folclore
Informação sobre a edição:
Data da 1ª edição:
Livro
Jongo: “A zona do jongo apresenta apenas duas espécies – jongo e caxambu. Oneyda Alvarenga, examinando os poucos documentos existentes sobre o caxambu, concluiu que se trata de uma dança ligada “poética e musicalmente (...) ao samba [samba rural] observado por Mário de Andrade e ao jongo, com o qual se aparenta também coreograficamente”, presumindo à base de um conto de Levi Rocha (1937), que a “palavra caxambu seja usada como sinônimo de jongo, visto que o autor chama de jongueiro a um dançarino que salta na roda”, e que “na dança não existe a umbigada, pois o solista apenas executava requebros diante de quem escolhe para substituo-lo”. Os requebros são uma simulação da umbigada. A descrição do jongo do Estado do Rio, reconstituição de Luciano Gallet à base de informes colhidos de um preto velho fluminense, não parece completa:
“O cantador de chocalho na mão, pula para o meio da roda, e canta o verso. O coro responde. Enquanto isso, o cantador sapateia. Quase no fim do coro, o cantador entra no meio do círculo [isto é, volta a fazer parte da roda, como os outros]. Um dos assistentes (homem ou mulher) vai para o centro. O cantador fica no círculo cantando, alternando com outro se quiser, enquanto prossegue a dança.”
Quanto ao convite para jongar, escreveu ele, imprecisamente:
“Às vezes um homem é provocado por uma mulher que dança e vem para o centro da roda...”
Esta provocação deveria fazer-se como no samba de Júlio Ribeiro, de que se lembrou Luciano Gallet a propósito do jongo. Observaram o jongo no Estado de São Paulo, Alceu Maynard Araújo, Renato Almeida e Rossini Tavares Lima. Escreveu o primeiro:
“Dançam ao redor dos instrumentos (...) É uma dança de roda que se movimenta em sentido contrário ao dos ponteiros de um relógio. Os