cultura e economia de cultura

1994 palavras 8 páginas
CULTURA
 E 
ECONOMIA 
CRIATIVA

Ana
 Carla
 Fonseca
 Reis1
 O
 conceito
de
economia
criativa
origina‐se
do
termo
indústrias
criativas,
por
sua
 vez inspirado
no
projeto
Creative
Nation,
da
Austrália,
de
1994.
Entre
outros
 elementos, este
defendia
a
importância
do
trabalho
criativo,
sua
contribuição
 para a
economia
do
país
e
o
papel
das
tecnologias
como
aliadas
da
política
 cultural, dando
margem
à
posterior
inserção
de
setores
tecnológicos
no
rol
das
 indústrias criativas.


Em
1997,
o
governo
do
então
recém‐eleito
Tony
Blair,
diante
de
uma
competição
 econômica global
crescentemente
acirrada,
motivou
a
formação
de
uma
força‐ tarefa multissetorial
encarregada
de
analisar
as
contas
nacionais
do
Reino
Unido,
 as tendências
de
mercado
e
as
vantagens
competitivas
nacionais.
O
que
se
 destaca, nessa
iniciativa,
é
a)
sua
visão
de
parceria
entre
público
e
privado,
de
 modo a
desenhar
um
programa
estratégico
para
o
país,
com
benefícios
e
 responsabilidades compartilhados;
b)
a
articulação
transversal,
compreendendo
 de diferentes
setores
e
pastas
públicas,
como
cultura,
desenvolvimento,
turismo,
 educação, relações
exteriores,
entre
outras.

Nesse
exercício
foram
identifi
cados
13
setores
de
maior
potencial,
então
 nomeadas indústrias
criativas.
A
partir
disso,
o
conceito
britânico,
incluindo
as
 indústrias selecionadas,
foi
replicado
para
países
tão
diversos
como
Cingapura,

Líbano
e
Colômbia,
independentemente
das
distinções
de
seu
contexto
e
sem
 contemplar de
chofre
o
potencial
que
essas
indústrias
específicas
teriam
(ou
 não) para
a
equalizar
polarizações
socioeconômicas
nos
distintos
países.


Entretanto,
o
maior
mérito
do
sucesso
do
programa
britânico
foi
o
de
ter
 engendrado reflexões
acerca
de
mudanças
profundas
e
estruturais
que
se
fazem
 necessárias no
tecido
socioeconômico
global
e
nos
embates
culturais
e
políticos
 que ora
enfrentamos.
Não
por
menos
a
economia
criativa
tem
suscitado
 discussões e
estudos
em
áreas
não
puramente

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