CULTURA, UM CONCEITO ANTROPOLÓGICO
Da natureza da cultura
Introdução
Para dar inicio o autor trata da discussão do dilema “a conciliação da unidade biológica e a grande diversidade cultural da espécie”. Este tema vem sendo a preocupação de vários estudiosos, que compararam o comportamento de diversos povos a partir de suas variações de ambientes.
Heródoto, por exemplo, quando descreveu o sistema social dos lícios concluiu que eles eram diferentes de todas as outras nações do mundo, porém ele estava apenas tomando como base a sua própria referencia de costumes, onde a sociedade era patrilineal, diferente da sociedade dos lícios que era toda matrilineal, em que a descendência é contada a partir da linha materna.
Outros exemplos também foram abordados e descritos por outros estudiosos, como Marco pólo, e o costume dos tártaros, padre José de Anchieta, e o costume dos índios Tupinambá. Alguns estudiosos analisaram também as sociedades e suas diferenças intelectuais, atribuindo ou não a evolução a fatores biológicos e geográficos, porém explicações deste gênero não foram suficientes para resolver o dilema. Atualmente, para constatar qualquer uma destas diferenças apontadas, basta apenas comparar os diferentes costumes das pessoas que hoje vivem no “mundo civilizado”. Pode-se citar como exemplos, o sentido do transito na Inglaterra, a tradição do Harakiri no Japão, a carne de vaca proibida entre os hindus, e aqui no Brasil, onde as diferenças culturais são enormes de região para região. Por fim, conclui-se que nenhuma destas possibilidades de comparação (determinismo geográfico e biológico) são capazes de resolver o dilema proposto pelo livro e esclarecer sobre os diferentes comportamentos.
O determinismo biológico
São persistentes as teorias que atribuem capacidades especificas inatas a cada raça, por exemplo, que os nórdicos são mais inteligentes que os negros, que os norte-americanos são empreendedores e interesseiros, que os brasileiros herdaram a