cultura - um conceito antropologico
RESENHA CRITICA
1ª parte – Da natureza da cultura ou da Cultura à natureza
O livro trata da discussão de um dilema: a conciliação da unidade biológica e a grande diversidade cultural da espécie humana. Questão essa que permanece no centro de discussões há séculos. Confúcio, 400 a.C, enunciou que “a natureza dos homens é a mesma, são os seus hábitos que os mantém separados.” Outros inúmeros também escreveram sobre a diversidade cultural, tais como Herédoto (484-424 A.C), Tácito (55-120), Marco Polo, Padre José de Anchieta (1534-1597), Montaigne (1533-1572). Houve inúmeras tentativas de explicar as diferenças de comportamento entre os homens, partindo das variações dos ambientes físicos. Porém, só serviram para mostrar que as diferenças de comportamento entre os homens não podem ser explicadas através das diversidades somatológicas ou mesológicas. Tanto o determinismo geográfico como o determinismo biológico foram incapazes de resolver o grande dilema sobre a diversidade cultural humana.
1 – O DETERMINISMO BIOLÓGICO É comum encontrar teorias que atribuam certas capacidades como inatas a “raça” ou a outros grupos humanos. Os antropólogos estão totalmente convencidos de que as diferenças genéticas não determinam diferenças culturais. Segundo Felix Keesing, “não existe correlação significativa entre a distribuição dos caracteres genéticos e a distribuição dos comportamentos culturais.” Apesar da espécie humana se diferenciar anatômica e fisiolagicamente através do dimorfismo sexual; as diferenças de comportamento entre as pessoas de sexos diferentes não são determinadas biologicamente. O comportamento dos indivíduos depende de um aprendizado de um processo chamado de endoculturação.
2 – O DETERMINISMO GEOGRAFICO
O determinismo geográfico considera que as diferenças do ambiente