Cultura Portuguesa (Novelas de Cavalaria)
Já a mulher, na Demanda do Santo Graal, era vista como uma criatura ameaçadora sempre tentadora aos prazeres da carne, vista de diferentes formas. As monjas que criam Galaaz, as donzelas que choram por seus amados perdidos. “As mulheres são agentes ou personificações do diabo [...]”
No livro Amadis de Gaula, os homens continuam sendo vistos como cavaleiros, corajosos, defensores de um ideal e com uma perspectiva romanesca, a figura do homem apaixonado obcecadamente pela mulher é sempre presente. O perfil da mulher em Amadis de Gaula é bem diferente do perfil feminino da Demanda do Santo Graal. Em Amadis, a mulher é sempre desejada, autoritária e tem presença acentuada na história. Aqui a mulher é personificada em princesa com belas feições e sentimental que sempre sofre pelo seu amado e quando está com ele deleita-se em momentos de prazeres carnais. “Não tenhamos portanto dúvidas sobre o carácter dos amores no Amadis, sobre a sua sólida base de carnalidade.”
2) O mito do messianismo está presente em dois momentos no livro A Demanda do Santo Graal. Com o cavaleiro Galaaz que após cumprir sua missão, recuperando o Santo Graal é assunto da Terra, pois não era de sua vontade permanecer na mesma. “Galaaz, o novo Cristo, é o Messias que virá revelar as maravilhas do Santo Graal, até agora escondidas.” O cavaleiro, com sua personalidade meiga, doce e com seu ideal de castidade e adoração a Deus, seria o novo enviado do céu para então completar a Távola Redonda e dar