Cultura paranaense e folia dos reis
A cultura paranaense é muito rica e diversificada e resulta das múltiplas contribuições de diversos povos que foram se estabelecendo nas terras do Estado ao longo dos séculos.
No início, o Paraná acrescentou aos costumes dos índios que já ocupavam o território, as influências europeias de portugueses e espanhóis e ambos foram enraizando suas culturas nas terras paranaenses. A cultura europeia foi sendo redimensionada pelos mitos e costumes indígenas e no litoral, ainda podem ser encontradas tradições no artesanato de potes de barro, que mesclam pinturas com traços europeus e indígenas.
No primeiro planalto, a cultura portuguesa era mantida principalmente pelos barões da erva-mate. Porém, vale lembrar que a cultura do mate é originalmente indígena e se espalhou pelo Sul do país através das missões espanholas espalhadas pelo espaço. Além do mate, herdamos dos índios alguns costumes como consumir ervas, milho, mandioca, mel e tabaco.
Os tropeiros, durante o século XVII até o século XX, em suas passagens por vários eEtados, espalharam a cultura do chimarrão, o consumo do café, do arroz e do feijão tropeiro. Na região dos campos gerais, grande parte das tradições são herança do ciclo das tropas; em Piraí do Sul, um dos locais de parada das tropas, o Menino Deus é homenageado em uma festa que remete aos tempos dos tropeiros e cuja imagem original foi trazida por eles, no século XVIII, das ruínas das missões jesuítas de Sete Povos, no Rio Grande do Sul, para a primeira capela da cidade paranaense.
Os negros escravos também deixaram suas marcas na cultura do Estado. O Brasil colonial, marcado pelo trabalho escravo, deixou como herança não só a miscigenação de raças, mas também a feijoada, a cachaça e suas danças e ritos.
Mais tarde, os imigrantes que se fixaram principalmente no sul e leste do Paraná, trouxeram manifestações próprias que se misturaram à pré-existente cultura popular do Estado. Tradições polonesas, alemãs, ucranianas, libanesas e