Cultura Negra
A cultura negra chegou ao Brasil por meio dos escravos africanos trazidos para cá na época do Brasil Colônia, ou seja, do período colonial. A cultura europeia, tida como branca, predominava no país e não dava margem aos costumes africanos, que era discriminado pela sociedade branca, na época, maioria. Então, observa-se que na sociedade não se tinha as manifestações; porém, os negros tinham sociedades clandestinas, chamadas de quilombos.
Lá, nessas comunidades, havia a liberdade para os negros se manifestarem, tudo de acordo com os costumes de suas terras natais. Nos engenhos de açúcar, eles desenvolveram a capoeira: uma forma de expressão dos negros, ainda que fosse uma luta com características de dança típica, era praticada para ser usada contra os inimigos (senhores de engenho).
Além da capoeira, que já é comum em várias partes do Brasil, mais enfaticamente no estado brasileiro da Bahia. Os negros trouxeram estilos diferentes no quesito de moda e estilo. Sempre baseado nas culturas dos ancestrais, aderem penteados interessantes, como os dreadlocks, da cultura rastafári; o cabelo black power; os trançados; com balangandãs, dentre outros.
Trazidos à força para o Brasil, os negros aqui chegavam com a roupa do corpo. Quem embarcava em um navio negreiro sabia que a viagem seria longa. Para piorar, só de ida e sem bagagem. Mas a condição de pessoas de segunda categoria, a ausência quase completa de recursos, a ruptura com a terra natal, nada foi capaz de impedi-los de criar.
Escravizaram o corpo, mas não o pensamento. Na falta de objetos de suas culturas de origem, os negros sequer puderam copiar o que já faziam. Foram obrigados a inventar coisas completamente inéditas. A matéria-prima de seus inventos foram as crenças do candomblé. No Brasil, os negros fizeram da culinária e da habilidade em esculpir a prata as marcas de suas raízes africanas.
A herança dos negros na culinária é hoje o passaporte do Brasil no mundo da