1. INTRODUÇÃO O desenvolvimento e o progresso da humanidade estão intimamente ligados à história do trigo. Escavações arqueológicas no sul da frança e na suíça descobriram grãos de trigo fossilizados junto a ossos humanos. Esses achados e muitos outros provam que, já em tempos pré-históricos, o trigo era o alimento básico do homem. A utilização do trigo começou quando, em algumas regiões do mundo o homem deixou de ser nômade que colhia os vegetais à medida que os encontrava, passando ao plantio ordenado de cereais. Acredita-se que as civilizações e o cultivo de grãos surgiram quase ao mesmo tempo, e talvez um em decorrência do outro (BASTOS, 1987). Os cientistas acham que o trigo foi cultivado pela primeira vez entre os rios Tigre e Eufrates, na antiga Mesopotâmia (atual Iraque). Em 1948, o cientista norte-americano Robert Braindwood descobriu sementes de trigo no Iraque que datam de aproximadamente 6700 a. C. Os dois tipos de trigo encontrados por Braindwood são muito semelhantes, em diversos aspectos ao trigo cultivado atualmente (BASTOS, 1987). A Bíblia faz freqüentes referências à produção, uso, armazenamento e doenças do trigo. Por ela, ficamos sabendo que o trigo foi um importante alimento na Palestina e no Egito. Teofrasto, filósofo grego que viveu 300 a. C., escreveu sobre diversos tipos de trigo que cresciam em toda bacia do mediterrâneo. O trigo era plantado na china, muito tempo antes do nascimento de Cristo (BASTOS, 1987). Em Roma, o trigo era cereal nobre, preferido pelos ricos, enquanto os pobres e os escravos tinham de contentar-se com a cevada. Da região mediterrânea o grão foi levado para o resto da Europa, e, na Alemanha, Dinamarca, Suécia, Noruega e Finlândia foi gradualmente substituindo outros cereais usados na alimentação. O trigo chegou à América na época dos descobrimentos, quando Colombo trouxe algumas sementes da Europa, em 1493. Ernando Cortês introduziu o cereal no México em 1519. De lá alguns missionários