cultura de cabo de cabo verde
A cultura cabo-verdiana é mestiça, resultado do encontro entre dois povos e suas respectivas culturas: o colonizador português e o escravo africano.
Artesanato
Separar arte e artesanato é por vezes problemático, na medida em que esses conceitos podem variar dependendo de como os criadores se assumem e do lugar a que têm acesso no atual panorama das artes. Alguns criadores cujos produtos podem ser encontrados em lojas de artesanato têm tido por vezes a oportunidade de fazer exposições que valorizam as suas obras, dando-lhes um carácter autoral. Por outro lado, o artesanato mais anónimo - cestaria, peças de barro (utilitárias ou decorativas), bonecas de pano, objetos de lata - sobrevive sem exuberância, ao mesmo tempo que produtos provenientes da costa africana são habitualmente vendidos em pontos turísticos, muitas vezes como sendo tradicionais de Cabo Verde. Digno de destaque é o renovado interesse pelo pano-de-terra (bandas de tecido produzidas em tear manual, com desenhos geométricos, que no passado chegaram a ser usadas como moeda nas trocas comerciais). Introduzido no vestuário, bolsas e outros acessórios, o pano-de-terra tornou-se entrou na moda e é objeto de grande procura. Dentre os produtos artesanais no segmento alimentar e de bebidas, Cabo Verde possui os tradicionais pontche (bebida doce a base de aguardente, açúcar e fruta, em geral) e grogue (tradicional aguardente de cana sacarina), além de uma vasta gama de licores.
Compotas e geleias de frutas são outro item, assim como, em determinadas ilhas, o queijo de cabra. Uma amostra do artesanato cabo-verdiano, por ilhas:
- Santiago: olaria utilitária (vasos, vasilhas); bonecos de barro; cestaria; pano-de-terra; licores; peças decorativas em coco.
- S. Vicente: fabricação de instrumentos de corda; peças de barro; objetos em pedra; bijuteria.
-Fogo: peças decorativas feitas de lava; licores; vinho caseiro; compotas de frutas e geleias; queijo de cabra.
- Brava: bordados
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