Cultura da paz
- Frei Leonardo Boff, OFM, na persistência Relentless: Ação Não-Violenta na América Latina.
Ao longo dos dez anos da sua existência, a Anistia Internacional observou com horror que tem havido uma tendência crescente em todo o mundo para que os governos autorizam ou toleram o uso da tortura ou tratamento cruel, desumano ou degradante. Há vários países onde, dentro de um período de alguns anos, o uso da tortura, no início esporádicas e excepcional, tornou-se uma parte da rotina invariável de qualquer interrogatório. A Amnistia Internacional tem se preocupado há algum tempo que tal situação tem vindo a existir no Brasil.
Relatório da Anistia Internacional sobre Alegações de Tortura no Brasil -
História
Em 1964, os militares brasileiros realizaram o que se referia a como uma revolução, os adversários chamou-lhe um golpe. Seja qual for o termo é usado, o militar assumiu o poder político no Brasil e lá permaneceu, formalmente, por vinte anos. Durante este tempo envolvido na repressão terrível e desumano física daqueles que considerava subversivos, uma atitude comum entre as ditaduras latino-americanas deste período, mas não se restringe a este período. A violência física não era desconhecido para "marginais" presos por atos comuns de roubo ou assassinato antes mesmo de o governo militar tomou o poder. No entanto, durante este período, nenhum, não importa o que sua posição sócio-econômica, escapou dos horrores do poder empunhando torturadores. O que poderia ter sido