Cultura astecas
Os astecas conheciam uma escrita hieroglífica, mas a transmissão de sua cultura se realizou principalmente de forma oral. A educação se dividia em duas instituições, o telpochcalli, para os plebeus, e o calmécac, para os nobres. O sistema de ensino era severo e disciplinado e se baseava no estudo da história e da religião nacionais, na formação moral, na aprendizagem de ofícios e no treinamento militar.
Uma das mais notáveis invenções do povo asteca foi um sistema de medição do tempo baseado na combinação de vários calendários. O calendário ritual, o tonalpohualli, era de 260 dias e tinha uso divinatório. O calendário solar tinha 18 meses de vinte dias, aos quais se somavam cinco dias nefastos para completar os 365. A cada 52 anos o início dos calendários coincidia com o que começava um novo "século". Além disso, havia um calendário baseado no ciclo do planeta Vênus, que coincidia com os demais a cada 104 anos. Os astecas desenvolveram também a astronomia e a matemática, na qual empregavam o sistema vigesimal.
Da arquitetura asteca só se conhecem alguns poucos exemplos que sobreviveram às destruições ocorridas durante a conquista espanhola. As edificações mais características são os templos, de estrutura piramidal, como o de Cholula.
A escultura era naturalista, como a "Cabeça do cavaleiro águia", ou simbólica, como a "Coatlicue" e a "Pedra do Sol". Os astecas foram também hábeis artesãos. Algumas de suas principais artes decorativas foram a ourivesaria, baseada no estilo dos mixtecas, os tecidos e os mosaicos de plumas, empregados como adorno pessoal ou arquitetônico, a lapidação de pedras semipreciosas e a pintura de códices.
Registravam-se os acontecimentos importantes em livros de papel preparados com folha de sisal, dobrados como mapas ou enrolados como pergaminhos. A literatura dos astecas, predominantemente oral, desenvolveu temas históricos, religiosos e