Cultura alemã

O Pintor como escultor

É amplamente diversificado o panorama das artes plásticas contemporâneas e da arte do objeto. Ficaria incompleto, se não se incorporasse as obras de esculturas praticadas por alguns pintores. Em um passeio pelas exposições panorâmicas mais importantes da arte atual, nos denunciam o quão grande é a atenção que deve-se outorgar aos trabalhos tridimensionais dos pintores.
A dedicação dos pintores às esculturas, está longe de ser uma novidade. Pelo contrário, desde o início do séc. XIX, observa-se uma prática bastante difundida. Desde degas e Ganguin, passando por Matisse, Picasso (Os artistas de „Die Brücke”) até os surrealistas e os artistas do pós-guerra, os pintores têm produzido extraordinárias esculturas e objetos que, em parte, influenciaram as obras dos escultores propriamente.
Os escritores alemães dos anos 50 e 60 também fizeram esculturas. O mais conhecido foi Bernard Schültze. Decerto seus trabalhos foram exibidos em exposições, mas não teve tante influência como os trabalhos dos pintores.
Essa situação mudou nos últimos anos. As esculturas incidem muito mais que antes nas discussões. Um dos pontos de partida dessa incersão foi George Baselitz com a sua obra “Modelo para uma escultura”, obra essa que foi muito discutida em sua apresentação. Esta obra foi apresentada pela 1ª vez no pavilhão alemão da Bienal de Veneza em 1980. Baselitz instalou uma figura monumental de madeira no centro do pavilhão da Bienal. As expectativas com que chegavam cada espectador intencionalmente, não foram levadas em conta por Baselitz.A sua figura de madeira, se converteu em uma espécie de símbolo a ser seguido pelo público e também pelos artistas.
Desde então, as obras dos pintores apareceram a luz de uma nova atualidade. Após o “modelo” de Baselitz, seguiram então obras em madeira. Uma espécie de ruptura dentro do cenário escultural. Pensa-se que sua obra fora a primeira escultura realizada pelos pintores de sua geração.
No início dos anos 70,