Cultivo de Tilápias em Tanques-rede
Realizei meu estágio na Piscicultura Angola, situada na represa da UH Canoas I, no bairro Água dos Patos, município de Itambaracá, Estado do Paraná.
No estágio foi realizado na área de manejo de pré-engorda e engorda da Tilápia (Oreochromis niloticus), durante o período de 22/01/2011 até 07/02/2011 totalizando uma carga horária de 72 horas, com acompanhamendo do Engenheiro Agrônomo da Emater-PR Miguel César Antonucci.
A Tilápia (Oreochromis niloticus)
As tilápias (Oreochromis niloticus) são nativas do continente africano e da Ásia Menor. São peixes que predominam em águas quentes e a temperatura da água para o cultivo pode variar de 20 a 30°C.
No Brasil a primeira introdução oficial da espécie aconteceu no ano de 1971 pelo DNOCS - Departamento Nacional de Obras Contra a Seca. Eram ações que visavam, fundamentalmente, a produção de alevinos para peixamentos dos reservatórios públicos da Região Nordeste. As companhias hidrelétricas de São Paulo e Minas Gerais também produziram grandes quantidades de alevinos de tilápiado-do-nilo (Sarotherodos niloticus) para peixamentos de seus reservatórios e para a venda e distribuição a produtores rurais. Essas iniciativas contribuíram para a rápida disseminação da espécie nessas regiões. No entanto, em virtude do baixo nível de conhecimento e de difusão das técnicas de produção, as primeiras iniciativas de produção comercial não tiveram muito êxito.
A partir da década de 90, a difusão das técnicas de produção, a elaboração de trabalhos de pesquisa, experimentos com a espécie, e o surgimento da tecnologia de reversão sexual permitiu que essa atividade começasse a se estruturar e se desenvolver. O estado pioneiro foi o Paraná, que imprimiu um ritmo empresarial à atividade, estruturando a produção. Assim, foram criadas as condições para que o Paraná fosse, em pouco tempo, o maior produtor de tilápia do País, posição que viria a perder somente em 2003 quando, segundo dados do IBAMA, a produção do estado do Ceará