Cultivo de feijão
O feijão-caupi constitui-se em um dos principais componentes da dieta alimentar nas regiões Nordeste e Norte do Brasil, especialmente na zona rural. Somente as cultivares de caupi geradas pela Embrapa Meio-Norte, em parceria com outras instituições do sistema cooperativo de pesquisa, ocupam 30% da área total cultivada no país (1.451.578 ha), gerando milhares de empregos diretos e renda.
Atualmente, já se dispõe de um vasto acervo de informações tecnológicas para o feijão-caupi. Por meio do programa de melhoramento genético foram desenvolvidas várias cultivares comerciais, ampliando o mercado e as formas de uso do produto.
Melhorias nas técnicas de cultivo do feijão-caupi, sob condições de sequeiro e irrigado, foram obtidas, elevando a produtividade dessa importante fonte de proteínas e de outros elementos essenciais ao ser humano.
Este trabalho apresenta um elenco de recomendações técnicas e inovações tecnológicas para os sistemas de cultivo do feijão-caupi em diferentes ecossistemas do Brasil. Maria Pinheiro Fernandes Corrêa
Chefe-Geral da Embrapa Meio-Norte
Importância econômica
O feijão-caupi, feijão-de-corda ou feijão-macassar (Vigna unguiculata (L.) Walp.) é uma excelente fonte de proteínas (23-25% em média) e apresenta todos os aminoácidos essenciais, carboidratos (62%, em média), vitaminas e minerais, além de possuir grande quantidade de fibras dietéticas, baixa quantidade de gordura (teor de óleo de 2%, em média) e não conter colesterol. Representa alimento básico para as populações de baixa renda do Nordeste brasileiro. Apresenta ciclo curto, baixa exigência hídrica e rusticidade para se desenvolver em solos de baixa fertilidade e, por meio da simbiose com bactérias do gênero Rhizobium, tem a habilidade para fixar nitrogênio do ar.
Pelo seu valor nutritivo, o feijão-caupi é cultivado principalmente para a produção de grãos, secos ou verdes, visando o consumo humano in natura, na forma de conserva ou desidratado. Além