Culinária árabe

A Culinária Árabe
As leis religiosas islâmicas determinaram, e ainda determinam o estilo da comida árabe. O Corão indica quais são os alimentos considerados halal (permitidos ou consentidos), e aqueles considerados haraam (proibidos ou impedidos). Adicionalmente a estes alimentosharaam, existem mais algumas restrições impostas pela fatwas de Mujtahids, em diferentes níveis de importância, mas que nem sempre são obedecidas. De maneira geral, são proibidos os consumos de álcool, de sangue e seus derivados, de carnes de alguns animais omníveros considerados “sujos”, tais como o cachorro, gato, macaco e porco. Além disso, o processo de abate do animal (thabiha) deve ser aquele indicado em suas leis religiosas ― o animal deve ser abatido por um muçulmano (pode ser também cristão ou judeu, pois são citados no Corão e na Bíblia), com uma faca pontuda afiada, não serrilhada, e que deve ser inserida em uma das artérias do pescoço do animal, cortando ainda a traquéia e o esôfago de um só golpe. A carcaça deve ser colocada em posição vertical, de tal maneira que permita a total drenagem do sangue antes da morte. Antes do abate, a pessoa responsável deve orar e pedir a permissão de Deus (ou Allah), pois este é o único que pode retirar a vida de um ser vivo sobre a Terra. Assim, o animal não pode estar morto antes de drenado, o que impede a morte por choque elétrico ou outro método moderno. Aliás, na Inglaterra há um movimento oficial para impedir esta maneira de se abater animais. Os animais que não podem ser ingeridos são aqueles que morreram sem o pedido a Deus, tais como as carcaças de animais mortos e já comidos por abutres ou insetos, animais carnívoros (exceção para peixes de escamas) e animais que vivem tanto na água quanto na terra (rãs e sapos). Animais aquáticos sem escamas são também proibidos, tais como lagostas, camarões, siris, caranguejos, ostras e assemelhados.
Ao inicio de sua civilização, os árabes viviam em tribos nômades, e se alimentavam principalmente