Cuidado humanizado em terapia intensiva: um estudo reflexivo
Atualmente estamos vivenciando no cotidiano hospitalar vertiginoso desenvolvimento tecnológico de procedimentos diagnósticos e terapêuticos. Esses avanços tecnológicos vêm contribuindo para a melhoria da assistência, com ênfase nas unidades críticas, particularmente nos serviços de terapia intensiva.
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é tida como um local onde se presta assistência qualificada especializada, independentemente de os mecanismos tecnológicos utilizados serem cada vez mais avançados, capazes de tornar mais eficiente o cuidado prestado ao paciente em estado crítico. Esse setor é constituído de um conjunto de elementos funcionalmente agrupados, destinado ao atendimento de pacientes graves ou de risco que exijam assistência médica e de enfermagem ininterruptas, além de equipamentos e recursos humanos especializados.
Ante essas mudanças e com vistas ao desenvolvimento do conhecimento da equipe de saúde, se faz necessária uma reflexão das ações realizadas no cotidiano, e, consequentemente, mais preparo dos profissionais, não só sob o aspecto teórico e técnico, mas, também, voltada à transformação da assistência numa perspectiva mais humanitária.
Há de se questionar a importância da existência de um local onde a tecnologia possa ser colocada à disposição da manutenção da vida humana, onde a observação possa ser tão constante e intensiva que muitas situações limites possam ser revertidas a favor da vida. Acrescente-se ainda ser preciso refletir até que ponto o progresso tecnológico como se verifica hoje é "saudável" e promove o crescimento e a harmonização das pessoas. Esta polêmica é constante, e, conforme percebemos quando questionamos os próprios profissionais da área de saúde, nenhum deseja a UTI para si mesmo ou para seus entes queridos. Todos preferem, quanto muito, morrer "dormindo", em casa, de repente, sem dor.
De modo geral, em termos de desenvolvimento e aperfeiçoamento