Cubismo

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Estamos na época em que se espalham pela Europa as teorias empiriocriticistas e fenomenológica na França, Boutroux começa a defender a interpretação subjetiva das leis da natureza e Bergson formula as suas teorias a respeito da duração e da simultaneidade. O idealismo e o espiritualismo reaparecem, pois, como um sério elemento de crítica as concepções maciças do positivismo. É lícito, então, pergunta-se, essas novas ideias , em geral, todas as intuições do tempo relacionado às últimas pesquisas no campo da matemática e da geometria, tiveram uma influência sobre o nascimento do cubismo.
Os cubistas censuravam os pintores do impressionismo , o fato deles serem apenas “retina” sem nada de “cérebro”. Nessa repreensão manifestava-se a condenação do positivismo, ingênuo e elementar, ao mesmo tempo a exigência de uma verdade científica superior.
A tendência à superação subjetiva da objetiva. Tal subjetivismo, todavia, é de natureza muito diversa do subjetivismo expressionista ou surrealista, de origem emotiva ou psicológica. Isto é, trata-se de um subjetivismo de natureza mental “em sua tentativa rumo ao eterno”, escreve Gleizes, “o cubismo desnuda em toda parte as formas de sua realidade geométrica, equilibra-as em sua verdade matemática” esse desnudamento da objetividade dos seus elementos impuros é, portanto, o início da operação que levará ao abstracionismo.

“O cubismo prolonga e inverte o problema, em vez de se referir ao tempo exterior, ao curso do sol, ele descobre a consciência individual, desdobra-se num tempo imóvel muito curto”
“a criação de uma representação nova de um mundo não visto, mas inteiramente imaginado”
“O que diferencia o cubismo da antiga pintura, é o fato de ele não ser uma arte de imitação, mas uma arte de concepção que tende a elevar-se até a criação... Representando a realidade das aparências de três dimensões... a realidade-vista ou perspectiva, o que deformaria a realidade da forma concebida ou criada”
“O cubismo, como a ciência,

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