Cruz do Patrão
A muito anos conta-se em Pernambuco a Lenda da Cruz do Patrão. Um monumento histórico datado do século XVIII que servia como baliza para navios no extinto istmo entre Recife e Olinda, localizada ao norte do Forte do Brum e ao sul do Forte do Buraco, edificado pelos holandeses no século XVII e hoje desaparecido. Trata-se de uma pesada e alta coluna dórica, feita de alvenaria, com seis metros de altura e dois de diâmetro, tendo em cima uma cruz de pedra.
O monumento consiste em uma coluna negra e no seu topo uma cruz. Hoje como não existe mais o istmo, a Cruz fica situada a beira do Cais de Recife.
Até hoje o imaginário popular fala muito sobre os estranhos fatos que supostamente aconteceram a beira da Cruz do Patrão. Sabe-se que verdadeiramente na época da escravidão, os negros escravos que desembarcavam no Brasil, mas precisamente em PE, usavam a Cruz para realizar seus rituais em pró de entidades de Umbanda, magia negra, vudu e etc. Os escravos sentiam a energia poderosa que emanava do lugar.
Nada conta-se de positivo sobre a construção da Cruz do Patrão, mas sabe-se que ela já existia em 1816. Em uma das escavações realizadas no lugar, se descobriu um cemitério clandestino, aonde os donos de navios negreiros enterravam seus mortos, bem abaixo da Cruz, o que fortalece muito a ideia que os espíritos raivosos dos negros assassinados, ainda habitam a área da Cruz, aterrorizando aqueles desavisados que passam próximo a o monumento. Fora que os militares que eram condenados ao fuzilamento eram todos executados lá, logo abaixo da Cruz.
Tendo em vista todos esses casos, a Cruz do Patrão tornou-se o monumento mais assombrado de Pernambuco e um dos maiores do Brasil.