cronicxa

408 palavras 2 páginas
CRÔNICA DE UMA CRÔNICA
(Valdemar Mazurana – Para o lançamento da Revista Acadêmica II)
Amigos aqui presentes:
Temos que ser breves, porque numa comemoração como esta, há muitas coisas que devem ser feitas.
Peço que todos preparem o espírito, porque, no final, terão uma tarefa a cumprir.
Tenho, na Revista Acadêmica nº 2, um texto que se refere ao tempo do Filósofo grego Platão, por isso 250 anos antes de Cristo. Não vou lê-lo, porque se o lesse, o tornaria menos interessante para os que querem ler esta revista. Prefiro então fazer uma crônica, que vai ser uma crônica sobre a crônica que já está impressa, embora crônica seja um texto que se refere ao tempo presente e a minha crônica se refira a Platão. São estas coisas lógicas e ilógicas que a Literatura consegue criar. Na crônica, em forma de diálogo, aparece uma família, diferente de todas as famílias que conhecemos. Diferente até da famosa e exemplar Família de Nazaré, composta por Jesus Maria e José, isto tendo-se como ponto de referência a religião, porque socialmente falando deveríamos dizer: José, Maria e Jesus, pois José é o “capofamiglia”. Bem, mas para estes tempos de Internet, de Celular, de Ipod e até de Conselho Tutelar, é mais prudente colocar o nome do menino antes do nome dos pais. Afinal não tenho predileção por assuntos polêmicos. Prefiro dizer que a família a que me refiro é uma família etimológica. “Etimológica” não é um sobrenome, é a qualidade dos termos que tem o mesmo radical, aquele pedacinho de palavra que é igual em todas as que derivam de um único significado. A Gramática, com função patriarcal (melhor dizendo matriarcal) exemplifica: Família etimológica é, por exemplo: dente, dentista, dentadura, dentado, desdentado, dentuça, dentada... Opa, violência. Uma dentada dói, e como dói! Vamos então achar outra, ainda na Gramática: pedra, pedrinha, pedregulho, pedreira, pedrisco,pedraria, pedrada... Opa, violência outra vez. Pedrada também dói, e como dói! Mas, seguindo o raciocínio da

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