Critérios de implantação de Semáforos
Luis Vilanova *
CAPÍTULO I – ASPECTOS ENVOLVIDOS
Situando o problema
A implantação de um semáforo é uma decisão que acarreta impactos consideráveis, que podem vir a ser tanto positivos como negativos. Instalado corretamente, propicia a diminuição de acidentes e o maior conforto de veículos e pedestres.
Entretanto, se for instalado num local em que sua presença é inadequada, causa aumento no número de paradas, do tempo de espera dos veículos e pedestres, do número de acidentes, além de implicar em gastos desnecessários de instalação, operação e manutenção.
Tais constatações evidenciam a importância de se contar com uma metodologia que oriente o técnico na hora de decidir se um novo semáforo deve ser implantado.
Infelizmente, até hoje, não existe nenhuma metodologia, suficientemente comprovada, que estabeleça uma relação de critérios confiáveis em que possamos nos apoiar. É deplorável verificar que semáforos são implantados há cerca de 100 anos e até agora, em nenhum lugar do mundo, a Engenharia de Trânsito conseguiu formular critérios realmente consistentes. Resta, então, ao projetista, em cada caso, valer-se de sua experiência e de seu “bom senso” para tomar uma decisão. A conseqüência prática é uma falta de padronização sequer elementar. Encontramos cruzamentos sem semáforos em cruzamentos onde tal sinalização seria muito mais justificada do que em outros com semáforo.
Este artigo tem a intenção de contribuir para chegar mais perto da solução do problema. No Capítulo II, apresentamos e comentamos as regras utilizadas por cinco órgãos de trânsito. No Capítulo III, apontamos nossas propostas para lidar com o problema a curto e médio prazo.
Em termos gerais, podemos dizer que só encontramos critérios realmente trabalhados nos manuais do MUTCD (USA) e de São Paulo. Os outros manuais consultados copiaram, ou, pelo menos, adotaram as mesmas diretrizes do MUTCD.
Nada contra a cópia em si, mas para