Critica filme era uma vez
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As expressões sociais que marcam este filme são questões como a desigualdade social e o preconceito, a falta de proteção do estado aos moradores do morro, o tráfico e crimes organizados sustentados por policiais corruptos, a delinquência juvenil, e a estrutura carcerária. Falando da desigualdade é sabido de todos que esta herança vem desde o descobrimento de nosso país pelos portugueses e que só se agravou ao longo da história, tornando-se mais grave no auge da industrialização. Graças à iniciativa popular e de pessoas com o objetivo de minimizar essas diferenças é que hoje as questões sociais, como a desigualdade tem sido trabalhada e melhorada com vários projetos que visam a ascensão social daqueles que foram a vida toda excluído de seus direitos. Direitos que são negados àqueles que vivem nas favelas e morros, sem saneamento básico, e toda infra estrutura necessária que deveriam ter, onde muitos não conseguem abrir conta bancária e realizar outras ações que dependam de um comprovante de endereço, são milhares de pessoas que não tem dignidade e cidadania e que pela ausência do estado sem ter o que lhes é de direito vivem na clandestinidade, tendo que fazer ligações ilegais de luz, água e até de telefone. Com a chegada das UPP’s esta realidade tem mudado pois ações de cidadania tem sido aplicadas nos morros ocupados pelas Unidades Pacificadoras como a legalização das moradias e da infra estrutura necessária, sendo esta a manifestação do estado a favor daqueles que estavam outrora desprotegidos, onde sem a presença de policiais nos morros o crime e o tráfico tomavam conta de todos impondo até mesmo pedágios dos moradores, além dos toques de recolher. Essas eram apenas algumas das pressões que o povo sofria, muitos jovens eram e ainda continuam sendo aliciados ao crime, isto porque as leis não estão adaptadas a crescente criminalidade nestas faixas etárias, sem falar do sistema prisional que não consegue recuperar e nem reintroduzir