Cristianismo
Historicamente, os fatos que fundamentaram o cristianismo ocorreram durante o Império romano, nos últimos séculos da Idade Antiga, que se estendeu de aproximadamente 3.500 a.C. até 476 d.C. O cristianismo surgiu a partir da doutrina dos homens que seguiram Jesus Cristo. Jesus foi um judeu que nasceu e morreu na região onde atualmente se situam a Jordânia e Israel, no Oriente Médio, território sob o domínio dos romanos no século 1.
2ª Questão: Quais problemas o Cristianismo enfrentou inicialmente?
As perseguições sofridas pelos cristãos, ordenadas por imperadores como Nero, Domiciano, Trajano, Marco Aurélio e Septímio Severo, tiveram um caráter mais político do que propriamente religioso. Primeiro, os cristãos recusavam-se a cultuar a deusa Roma, símbolo da unidade imperial, e a aceitar a divinização dos imperadores. E, segundo, graças a sua mensagem redentora, o Cristianismo obteve enorme sucesso entre os excluídos da sociedade romana - mulheres, pobres e, especialmente, escravos -, atestando o caráter socialmente perigoso da nova crença. As perseguições acabaram por fortalecer o Cristianismo. Seus adeptos uniram-se, aceitando o martírio sem hesitação, na certeza da salvação, e seu exemplo fez novos e numerosos adeptos, especialmente em uma época de crise e de falência dos poderes públicos. Mais do que isso, o Cristianismo era a única opção de consolo espiritual para a grande massa de miseráveis que o Império produzia. Da mesma forma, a mensagem de igualdade e pacifismo - negando o caráter divino do Império -, e a própria escravidão contribuíram para a desagregação das bases sociais e políticas em que se assentava o Império. O crescimento do número de fiéis, bem como a rigidez da organização cristã, tornou as perseguições cada vez mais difíceis. A partir do século 3, momento em que se iniciou a crise do Império, conforme veremos quando analisarmos o Baixo Império, aumentava significativamente o