Crise na Ucrania
O gás natural produzido pela Rússia tem papel relevante na crise. Hoje, a Europaimporta 30% do gás russo, número que já foi de 45%.
No controle dos preços do gás natural, os russos com freqüência ameaçam suspender seu fornecimento aos ucranianos. Em 2006 e em 2009 os dois países entraram em crise devido a um desentendimento no valor do gás e a suspeitas de que a Ucrânia havia desviado o gás destinado a países vizinhos. Neste cenário, o desconto de US$ 2 bilhões anuais no preço do gás natural oferecido pelo presidente russo Vladimir Putin para o governo ucraniano abandonar o acordo com a União Europeia funcionou como atrativo.
Após três meses de protestos, o Parlamento votou pela destituição do presidente Viktor Yanukovich e anunciou eleições presidenciais antecipadas para 25 de maio. Aleksandr Turchinov, presidente do Parlamento, assumiu como presidente interino. Países da União Europeia prometeram uma ajuda financeira para a Ucrânia empreender reformas econômicas e planejar as eleições presidenciais. Refugiado na Rússia, Yanukovich defende que continua sendo presidente do país.
Seria o fim da crise? Não exatamente.
Na Crimeia, república autônoma da Ucrânia, confrontos entre militantes prós e antirrussos acirraram o conflito. A Rússia, que mantém uma base naval no litoral da Crimeia, no sul, enviou tropas militares para executarem manobras na fronteira. A influência do país soviético é forte não apenas na península, mas também nas regiões leste e sul da Ucrânia, que mantém a língua e a cultura.
No final de