crise hidrica
Apesar do Brasil possuir 8% de toda a água doce existente no planeta, a crise de abastecimento de água já é uma realidade brasileira e os seus efeitos já podem ser observados em diversas localidades. Estas são algumas das conclusões da auditoria operacional realizada pelo Tribunal de Contas da União (TUC), com o objetivo de analisar a questão.
O estudo foi feito junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Agência Nacional de Águas e Ministério do Meio Ambiente para avaliar a atuação do Governo Federal na gestão dos recursos hídricos, as perspectivas para o futuro próximo e as medidas preventivas que estejam sendo adotadas para evitar a escassez.
A crise não é conseqüência apenas dos fatores climáticos
Em virtude da complexidade do assunto, a auditoria foi dividida em duas fases. A primeira realizou-se no período de outubro a dezembro de 2001. Foram feitas incursões em algumas cidades para diagnosticar as causas e as conseqüências da crise de abastecimento. Na segunda fase, realizada no primeiro semestre deste ano, foi investigada a integração entre política nacional de recursos hídricos e outras políticas públicas.
Dentre as informações apuradas, os técnicos do TCU observaram que a crise de água não é conseqüência apenas de fatores climáticos e geográficos, mas principalmente do uso irracional dos recursos hídricos. No relatório desta auditoria, o TCU aponta que entre as causas deste problema estão: o fato de que a água não é tratada como um bem estratégico no país, a falta de integração entre a política nacional de recursos hídricos e as demais políticas públicas, os graves problemas na área de saneamento básico e a forma como a água doce é compreendida, visto que muitos a julgam como um recurso infinito.
Segundo o TCU este quadro se repete em diversas regiões