Crise econômica.
Para a maioria dos economistas, a atual crise é a pior desde o crash da Bolsa de Nova York, em 1929. Quando a instabilidade eclodiu, em 15 de setembro, com o pedido de concordata do banco Lehman Brothers e a venda do Merrill Lynch para o Bank of America, Wall Street teve o seu pior desempenho desde o 11 de Setembro. A partir daí, as bolsas entraram em queda em todo o mundo, com poucos dias de alívio. Grandes potências entraram em recessão, as taxas de desemprego cresceram e vários setores da economia entraram em declínio. É mandatório, portanto, que os governos e organizações multilaterais lancem mão de medidas e discursos contra os abalos nos mercados. No total, as ações planejadas até novembro de 2008 somam mais de 5 trilhões de dólares.
Com o mercado dando sinais de fraqueza, abriu-se o caminho para a intervenção do estado. Governos de todo o mundo vêm anunciando pacote de bilhões de dólares, que incluem ajuda a empresas privadas, disponibilização de crédito para investidores e consumidores, cortes de impostos e investimentos em infra-estrutura.
Juro baixo significa dinheiro mais barato. Que, por sua vez, representa maior volume de crédito para um país. Com crédito, o consumidor vai às compras e, consumindo, repassa dinheiro ao empresário, que emprega e investe.
A gravidade da situação tem motivado a realização de encontros dos grupos e organismos multilaterais.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) voltou à cena com a turbulência internacional. Já foram concedidos três empréstimos desde o início da crise. De acordo com a própria instituição, há cerca de 200 bilhões de dólares disponíveis para ajudar países em dificuldade, e as exigências para empréstimo podem ser reduzidas para agilizar o socorro às nações vítimas da crise.
De olho nos efeitos nocivos da crise sobre os países emergentes, no final de outubro o FMI criou uma linha de crédito para garantir liquidez de curto prazo a economias em desenvolvimento que estejam com boa saúde,