Crise do capitalismo

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Quando terminou a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a Itália tinha enormes dívidas, uma inflação crescente e a produção industrial e agrícola arruinada. O desemprego e os baixos salários geravam protestos. As esperadas compensações territoriais e econômicas que o país esperava por seu apoio aos aliados não se concretizaram, o que causou grande frustração nacional. Nesse clima de tensão social e crise econômica, Benito Mussolini criou, em 1919, grupos paramilitares que dois anos depois originaram o Partido Fascista Italiano. Nacionalista extremado, Mussolini soube explorar as insatisfações sociais e os anseios populares, criando uma ideologia de exaltação à pátria e ao Estado. O programa fascista defendia a supremacia do Estado sobre a sociedade e a limitação dos poderes do legislativo. Combatia a democracia, o liberalismo e o comunismo. Propunha restabelecer a ordem social e empreender o crescimento econômico e a expansão territorial da Itália. A Alemanha também passou por sérias dificuldades após a Primeira Guerra, que culminaram em 1923 com uma hiperinflação. A crise monetária desorganizou a economia, trouxe o desemprego e estimulou as manifestações contra o governo. Uma das tentativas de golpe foi feita pelos nazistas em 1923, em Munique. O movimento fracassou e Adolf Hitler – um dos líderes, até então praticamente desconhecido- foi preso, sendo, libertado alguns meses depois. Em 1924, em razão de grandes empréstimos feitos pelos Estados Unidos, a economia alemã reorganizou-se. A agricultura e a indústria retomaram seu crescimento, a política estabilizou-se e os conflitos sociais diminuíram. Até 1930, a Alemanha viveu uma época de prosperidade, que se refletiu na vida intelectual e artística do país. Foi à época de ouro do cinema alemão e da vanguarda no teatro, da pintura e das artes decorativas. A crise de 1929 interrompeu a prosperidade e lançou a Alemanha na recessão econômica. Os problemas se agravaram em 1930

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