crise no capitalismo
Paulo Daniel13 de agosto de 2011 às 12:16h In http://www.cartacapital.com.br/economia/esta-nao-e-a-crise-definitiva-do-capitalismo-diz-professor-da-unicamp, acessada em 14 de agosto de 2011.
Com o objetivo de compreender, analisar e debater a crise financeira e econômica mundial, o Blog Além de Economia em conjunto com o site da revista CartaCapital, está promovendo uma série de entrevistas neste mês de agosto.
Para esta segunda rodada de entrevistas, convidamos o Professor José Carlos de Souza Braga, economista, Livre Docente do Instituto de Economia da Unicamp, com Pós-Doutorado pela Universidade de Berkeley, California, USA e Diretor Executivo do Centro de Estudos de Relações Econômicas Internacionais (CERI-Unicamp). De acordo com Braga, o Brasil está em melhores condições para enfrentar a instabilidade mundial, entretanto, não se pode permitir a deterioração do balanço de pagamentos. Enfrentar a crise quer dizer; mais Estado, tanto do ponto de vista quantitativo, como qualitativo.
Confira a entrevista:
Além de Economia/CartaCapital: Nos últimos tempos o capitalismo está em uma busca insana de obter lucros e aumento da renda sem passar pelas agruras do processo de produção. A que se deve esse processo? Que consequências pode se observar no sistema econômico?
José Carlos de Souza Braga: É próprio do capitalismo desenvolver a acumulação de lucros via a produção como pela via financeira. O conceito de capital financeiro aborda a fusão das formas parciais de riqueza; a forma lucro e a forma juros. No capitalismo atual até as empresas industriais e comerciais de peso ganham com o chamado lucro operacional e também com o lucro financeiro. Mas, além disso, desde o rompimento dos acordos de Bretton Woods que regulava a economia internacional, emergiu o capitalismo financeirizado, ou seja, aquele em que a dominância financeira é o caráter principal. A dinâmica de expansão/crise, par