crise de 29
Alguns economistas, no entanto, consideram que a crise dos subprimes tem sua causa primeira no estouro da "bolha da Internet", em 2001, quando o índice Nasdaq (que mede a variação de preço das ações de empresas de informática e telecomunicações) despencou.
De todo modo, a quebra do Lehman Brothers foi seguida, no espaço de poucos dias, pela falência técnica da maior empresa seguradora dos Estados Unidos da América, a American International Group (AIG). O governo norte-americano, que se recusou oferecer garantias para que o banco inglês Barclays adquirisse o controle do cambaleante Lehman Brothers, alarmado com o efeito sistêmico que a falência dessa tradicional e poderosa instituição financeira provocou nos mercados financeiros mundiais, resolveu, em vinte e quatro horas, injetar oitenta e cinco bilhões de dólares de dinheiro público na AIG para salvar suas operações. Mas, em poucas semanas, a crise norte-americana já atravessava oAtlântico: a Islândia estatizou o segundo maior banco do país, que passava por sérias dificuldades. As mais importantes instituições financeiras do mundo: Citigroup e Merrill Lynch, nos Estados Unidos; Northern Rock, no Reino; Swiss Re e UBS, na Suíça; Société Générale, na França declararam ter tido perdas colossais em seus balanços, o que agravou ainda mais o clima de desconfiança, que se generalizou. No Brasil, as empresas Sadia, Aracruz Celulose e Votorantim anunciaram perdas bilionárias.
Para evitar colapso, o governo norte-americano reestatizou as agências de crédito imobiliário Fannie Mãe e Freddie Mac, privatizadas em 1968, que agora ficarão sob o controle do governo por tempo