Crise da Social-Democracia

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Crise da Social-Democracia

O binômio taylorismo/Fordismo, que organizou a produção capitalista por quase todo o século XX, fez com que surgisse um pacto entre burguesia e proletariado, mediado pelo estado. Os operários abriram mão da perspectiva revolucionária, para além do capital, em troca de seguridade social, o que foi denominado de social-democracia. O que provocou a difusão da "concepção estadista" no interior da organização dos operários. Difundia-se a idéia de que era necessário conquista do poder de estado para a manutenção dos benefícios sociais, provocando um verdadeiro "fetichismo do estado".

O Fordismo supunha uma série de serviços, chamados por alguns de "antimercadoria", como por exemplo, investimento no setor de saúde, ou seja, em serviços sociais, os capitalistas depois de algumas décadas, por uma série de fatores quebraram o pacto fundador da social-democracia.

A ruptura do compromisso fordista ocorreu devido à crise do regime de acumulação do capital, que se configurava na base material do compromisso.O enfraquecimento do fordismo, no final da década de 60 e inicio dos anos 70, se deve a quatro fatores:

Diminuição dos ganhos de produtividade
Elevação da composição orgânica do capital
Saturação da norma social de consumo
Desenvolvimento do trabalho improdutivo
Esses quatro fatores combinados provocaram uma "redução da taxa média de lucro", o que significou um limite objetivo, ao sistema de produção fordista e taylorista. O Fordismo entra em crise, também, pela imposição de fatores subjetivos, como por exemplo, as revoltas do operário-massa, contra a massificação.

A dinâmica da crise se expressa pela aceleração da inflação, endividamento das empresas, internacionalização dos mercados e da produção além do aumento do desemprego.

No entanto, o que verificamos é que diante da crise do fordismo, os sindicatos copiaram as mesmas estratégias da burguesia uns procurando a manutenção do compromisso firmado que a sufoca e a outra

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