crise da razao
“Crise da Razão”, fundamentando-se no pressuposto de que se trata de um conceito fundamental da fenomenologia contemporânea. No pensamento cartesiano, já era possível encontrar a ideia de crise, porém, tratava-se da constatação de uma “crise das ciências”. Algo semelhante havia também em Valéry, especialmente ao se falar de uma “crise do espírito”. A novidade de Husserl estava justamente em mostrar que a crise, tal como ele a vivia, era mais profunda, abalava a própria Razão. não se limitando a uma crise das ciências, do espírito ou da própria Razão, Merleau-Ponty discute uma crise presente no próprio homem, ou antes, nos diversos pontos de vista que se tem a seu respeito. É neste sentido que o seu projeto filosófico se fundamenta, em primeiro lugar, na tentativa de estabelecer um diálogo entre os pontos de vista da filosofia e da ciência.
O paradoxo da crise, aquele que, conforme Gattinara, trata-se da certeza de que não se tem certezas –, evidenciava que “a certeza com a qual se pensava a Verdade como algo que seria preciso desvelar é substituída, cada vez mais, pela inquietude frente a uma verdade por construir e, portanto, impossível de alcançar, posto que é apenas um horizonte ideal.
Segundo Hegel, filósofo do século XIX, a realidade é racionalidade. E classificou a razão como: A razão é cumulativa: na luta interna entre teses e antíteses, a razão enriquece, acumula conhecimentos cada vez maiores sobre si mesma, tanto conhecimento da racionalidade do real (razão objetiva), como conhecimento da capacidade racional(razão subjetiva). *A razão traz esperança: a razão possui força para não se destruir em suas contradições internas; ao contrário, supera cada uma delas e chega a uma síntese harmoniosa de todos os momentos que constituíram a sua história. Em cada época de sua história, a razão cria modelos ou paradigmas os fenômenos ou para os objetos do conhecimento, não havendo continuidade nem pontos comuns entre eles que permitam