Crise ambiental
TEXTO: “CRISE CIVILIZATÓRIA E O SURGIMENTO DA QUESTÃO AMBIENTAL”
O ser humano, durante a sua trajetória histórica, estabeleceu a ocupação e o uso espacial da terra, utilizando os recursos naturais renováveis e não-renováveis, basicamente interessado na sua própria sobrevivência. Ao longo dos tempos, passou a adotar um comportamento predatório em relação à natureza, legando-nos o mundo em que vivemos hoje: caótico, desarmônico, desequilibrado e ambientalmente doente. Dá para você perceber pelos noticiários, não é mesmo?
O que está ocorrendo é que estamos vivendo em meio a uma série crescente de problemas ambientais, gerados por um modelo hegemônico de desenvolvimento.
Na verdade, a história da humanidade mostra que a degradação ambiental já acontecia há muito tempo atrás (você verá isto nesta Unidade). Só que, nessa época, a degradação detectada não representava um grande impacto na natureza, provavelmente não se configurando como um problema ambiental, nos termos como é entendido hoje. Na história humana, o comportamento predatório não é novo. O que é novo é a dimensão e extensão dos mecanismos de depredação, onde inclui-se, desde o surgimento das grandes cidades e das imensas lavouras de monoculturas, até as armas nucleares, que atingiram as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, em 1945, no Japão, o primeiro país do mundo a sofrer um ataque atômico (Viola, 1987).
Considera-se, então, que os Problemas Ambientais só começaram a ser identificados como sendo impactantes a partir de dois fatos básicos:
A revolução industrial, ocorrida a partir da métade do século XVIII, mais precisamente a partir do ano de 1750, produzida pela