Criptografia, chaves públicas e assinatura digital para leigos
Conceitos Básicos
Suponha que alguém deseja enviar uma mensagem a você e quer ter a certeza de que mais ninguém poderá ler a mesma. Independente das medidas que se tome, existe sempre a possibilidade de que alguma outra pessoa possa abrir a correspondência (papel ou eletrônica), para dela tomar conhecimento. Para alcançarmos uma condição de sigilo da mensagem, podemos contar com as ferramentas da Criptografia (a ciência que trata deste tipo de problema) para “embaralhar” a mensagem de tal forma que somente o destinatário autorizado possa recuperá-la. Na terminologia da Criptografia a mensagem original é chamada "texto claro", ou simplesmente "mensagem". O processo de embaralhar a mensagem de forma a ocultar seu conteúdo de outrem é denominado "cifração", se constituindo de transformações matemáticas adequadas sobre a mensagem. A mensagem embaralhada, ou seja, cifrada, é denominada "texto cifrado" ou "criptograma". Claro que devemos ter o processo inverso de recuperar a mensagem a partir do criptograma, e este processo é denominado "decifração". Os processos de cifração e decifração se utilizam de um algoritmo (o processo de codificação/embaralhamento) e de um parâmetro de controle denominado "chave criptográfica", de forma que a decifração, em princípio, somente é possível conhecendo-se a chave apropriada para decifrar, mesmo que se conheça o algoritmo utilizado. Enquanto a Criptografia trata de manter mensagens secretas, por outro lado existe também a "Criptoanálise", que é a arte de "quebrar" os criptogramas, recuperando-se as mensagens, mesmo sem se conhecer a chave apropriada para a decifração. Por isto, os algoritmos criptográficos devem satisfazer a uma série de critérios de forma a garantir, no maior grau possível, que seja impraticável quebrar o sistema. A Criptografia trata não apenas dos problemas estritos de sigilo de mensagens, como também de problemas de autenticação,