Criminalização da mconha

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CRIMINALIZAÇÃO

O primeiro indício de criminalização da Cannabis vem em 1484 quando a igreja, através do Papa Inocêncio VIII, declara sacrilégio o uso da planta, por ser amplamente utilizada pelos Irlandeses, na época, fortemente perseguidos, sendo caracterizado como o período da inquisição. O próprio cristianismo por si só, sempre defendeu o vinho (álcool) como única droga, ou “substância sagrada”, termo usado pela igreja ao fazer referência ao vinho.
Associar a Cannabis a atitudes insanas e violentas teve início em 1798 com Napoleão. Ao invadir o Egito, Napoleão proíbe a maconha afirmando que o uso o da planta transformariam as pessoas em loucas e violentas mas, que na verdade, tinha a intenção de boicotar a produção e o comércio da fibra de cânhamo, onde o maior comprador era a Inglaterra, na época, inimiga de Napoleão.
No Brasil, a criminalização da maconha se dá mais no âmbito da segregação social e criminalização do negro. Em 1830, na cidade do Rio de Janeiro, surgem as primeiras proibições específicas do pito do pango (maconha), utilizada pelos negros do Candomblé e escravos. Mesmo assim, até 1905, ainda havia propagandas no território brasileiro dos cigarros “grimo”, a base de Cannabis, fortemente indicado para o combate a asma, insônia, roncos, catarros e flato. Sua criminalização de fato, se deu somente no início do sec XX.
Na mesma época nos EUA, a criminalização dos negros, herança da escravidão, e dos imigrantes mexicanos que migravam fortemente para o país atrás de emprego, se fazia constante pela Imprensa marrom. A maconha era a forma como os mexicanos podiam relaxar ao final de um longo dia de trabalho. – Os artigos norte-americanos em meados de 1920 descreviam os negros e mexicanos como animais frenéticos que fumavam maconha, tocavam musica do diabo e desrespeitavam e viciavam os leitores, cuja maioria era branca.
Nos anos 30 a maconha foi reduzida aos grupos marginais, negros, mexicanos e adoradores do jazz (estilo de música pop da época

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