criação
O rebanho caprino brasileiro vem atingindo maior importância econômica, destacando-se a região Sudeste, onde estão sendo criados animais com aptidão leiteira. Para proporcionar condições que viabilizem o estabelecimento de programas de melhoramento, é indispensável que se conheçam os parâmetros genéticos e fenotípicos das características que são utilizadas como critérios de seleção e que se avaliem os animais para que se possa escolher os pais da futura geração.
1.Histórico e origem
Várias raças foram trazidas para o ambiente seco nordestino, o que ao longo dos quase quinhentos anos, com as cabras enfrentando secas avassaladoras e sofrendo intenso processo de cruzamentos entre si ( seleção natural negativa ), resultou em animais improdutivos em termos de função leiteira, mas de características genéticas valiosas como a rusticidade, prolificidade e qualidade de pele. Esse animais miscigenados passaram a ser denominados de Sem Raça Definida (SRD), tendo assim os animais adquirido variados tipo de pelagem, formas anatômicas e índices zootécnicos inferiores, parte do rebanho fixou seu padrão racial inicial devido principalmente a dominância genética de algumas raças e ao zelo no manejo demonstrado por alguns criadores ao longo de muitos anos, fatores esses essenciais para o início de um trabalho de melhoramento, e portanto, de resgate da produtividade perdida.
A partir de 1970, trabalhos bem sucedidos de melhoramento, através da preservação com regeneração das raças nordestinas, foram postos em prática por Manelito Dantas Vilar e Ariano Suassuna, na Fazenda Carnaúba, no município de Taperoá (PB). Através de catálogos de raças européias, identificaram as raças homólogas que deram origem a algumas raças caprinas existentes no nordeste, levando em conta, a pelagem dos animais e as características anatômicas de cada raça. Algumas raças tiveram suas homologas identificadas, a exemplo da Graúna, a Moxotó, a Azul, a Parda