Criação de Novos Estados
Como todos sabem, há poucos dias a Câmara dos Deputados autorizou a realização de um plebiscito no Pará, para saber se os brasileiros daquele estado aprovam a sua divisão e a conseqüente formação de duas novas unidades da federação, Carajás e Tapajós, em seu território.
Para variar, este é mais outro tema no qual o debate não se faz profundo, mas permeado pelo senso comum e por argumentos sofríveis dos que são contrários. A missão de quem se preocupa com o Brasil é estudá-lo e ir além do discurso vazio que se apresenta em todos os cantos. Este blog é completamente a favor desta empreitada e logo explicarei os motivos.
Antes, quero dizer que além desses no Pará, há ainda muitos outros projetos em andamento, como por exemplo a criação do Maranhão do Sul, de São Paulo do Oeste, do Triângulo Mineiro, dentre vários.
A maioria dos projetos fica na Amazônia e, caso todos fossem aprovados, o Brasil saltaria dos atuais 26 estados e um Distrito Federal e poderia chegar a algo em torno de 45 estados. Ressalta-se que essa não é uma prática inteiramente nova, segundo podemos perceber a partir da seqüência dos mapas abaixo:
Segundo a nossa Constituição, nós somos uma República Federativa, ou seja, adotamos um modelo de administração do território que se pretende descentralizado. Dessa forma, como somos um país-continente, as decisões mais locais não precisam chegar à Presidente, mas são resolvidas na escala mais próxima ao cidadão, no município e no estado.
O estado tem autonomia, sua própria Constituição Estadual, seu próprio orçamento, enfim, é um "mini-país" que, se administrado de forma a privilegiar o interesse público, poderá se organizar e se planejar, construindo sua própria infra-estrutura, lançando seus próprios projetos de desenvolvimento e buscando financiamento onde for necessário.
A idéia de impor novas subdivisões ao nosso território tem como principal