Criatividade
CRiA Tivi DADE por eber freitas
o descompasso entre mercado e salas de aula
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imagem shutterstock
Na era do conhecimento, a criatividade está se tornando a competência mais desejada pelas empresas, inclusive em ramos tradicionais. Mas será que os administradores estão preparados para atender a essa expectativa?
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administradores.com fevereiro/março 2013
assim que o especialista em criatividade sir Ken robinson define o papel do atual sistema educacional sobre a capacidade inventiva das crianças. a verdade é que poucas pessoas podem dizer que foram criadas para desenvolver plenamente as suas capacidades criativas. mas muitas podem dizer que estudaram para passar em um curso universitário, fazer especialização, mestrado, doutorado e conseguir uma boa vaga no mercado de trabalho. E aqui começa uma sequência de frustrações. O índice de evasão dos estudantes nas universidades públicas, em 2010, chegava a 13,2%, enquanto nas privadas era de 15,6%, segundo o MEC. Não é um fenômeno a ser desconsiderado. Vale salientar que o curso de Administração é a maior graduação do país, com 1,1 milhão de alunos matriculados. Nas escolas de Administração, os currículos são frequentemente compostos por disciplinas teóricas e acadêmicas, úteis para análises e aplicação em situações-padrão nas empresas. Mas o mercado vai à outra direção: ele precisa de profissionais criativos, capazes de lidar com problemas e crises das maneiras mais ilógicas possíveis e necessárias, e não de jovens frustrados com canudos na mão. “Nossas escolas de Administração não acompanharam o ritmo da revolução digital na era do conhecimento, durante os últimos 30 ou 40 anos”, explica o diretor executivo do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), Marcus Vinicius de Andrade. “Grande parte dos conceitos da ciência de Administração são intocáveis. A grande preocupação das escolas tem sido a memorização destes conceitos já formados e a demonstração de cases –