Criança saudável é criança gordinha?
Betto Alves
O dia a dia de pais e filhos é feito de muitos desafios. Dar uma boa educação, manter a disciplina, ser atencioso. Muitos são os pré-requisitos de bons pais. Porém, há alguns equívocos no exercício de tentar ser um Super Pai ou uma Super Mãe. PETIT fala agora de um problema cada vez mais freqüente entre nossos pequeninos. A obesidade, um fantasma que atormenta mais de 38 milhões de brasileiros adultos, agora desponta como um vilão entre as crianças.
Uma frase muito comum nas refeições são as clássicas pérolas:”se não comer tudo a mamãe vai ficar chateada”; ou ainda “papai vai te dar um presente se você comer tudinho” e ainda aquela digna de qualquer vovó “meu netinho, você está muito magro, precisa comer mais, criança saudável é criança mais cheinha”. Um verdadeiro bombardeio na cabeça daqueles que tem os pais como exemplos a serem seguidos. Comer sem vontade é o próximo passo deste processo. Na tentativa de agradar ou ainda ser bonificado, comem além do que deveriam ou gostariam. O resultado pode ser notado em longo prazo; o excesso de peso a falta de disposição é um quadro típico dos chamados tempos modernos.
Alguns fatores são apontados como causadores da obesidade infantil, dentre eles, podemos destacar herança genética, quando já existem casos na família de pessoas acima do peso. Maus hábitos alimentares; o excesso de lanches, biscoitos recheados e os chamados fast foods, aqueles que você pede pelo número e geralmente vem até em uma caixinha paramentada. As crianças adoram! Porém, os efeitos são visíveis e preocupantes. E não pára por aí. Associado a uma má alimentação temos a falta de exercícios físicos. Cada vez mais nossos baixinhos ficam a TV, computadores, videogames e atividades que exigem muito pouco ou quase nada de esforço. O quadro está pronto! Alimentação pobre em nutrientes e rica em gorduras, sedentarismo e uma constatação, nossas crianças estão cada vez mais propensas a doenças que