Crescimento e mudança
Havia entre os primeiros filósofos uma tendência gerada pelo senso comum em dizer que tudo muda – hoje é uma estrela e amanhã já se apagou ....Entre esses filósofos o mais representativo foi Heráclito. Ele dizia que tudo muda. “Eu não posso tomar duas vezes o mesmo banho na água de um rio. Então o rio já não é mais o mesmo”.
Um outro filósofo, chamado Parmênides, dizia que nada muda. As coisas são como são. Se as coisas mudassem, jamais poderíamos dizer o que a coisa é. Por exemplo, o telefone é o telefone porque hoje é, ontem foi e amanhã será telefone. Ele não é telefone hoje e amanhã cadeira. Então as coisas não mudam. Platão e Aristóteles tentaram resolver esse problema cada um a sua maneira. Eles achavam que ambos os filósofos tinham razão. Há coisas que mudam e coisas que não mudam.
Platão resolveu o problema criando a teoria dos dois mundos.
- O Real: permanece, não muda ( = Parmênides) -, que são as idéias, os conceitos.
- O Físico: muda (=Heráclito) -, que são as coisas, os objetos. Aristóteles pensou diferente. Não existem dois mundos, mas apenas um só. Neste nosso mundo e nas coisas (objetos) existem duas modalidades:
- Matéria: que muda (ex: a madeira, o ferro...); e
-Forma: não muda (ex: a idéia de cadeira é a mesma: objeto móvel para sentar). Assim, procurou-se ao longo da história entender essas duas posições ou conviver com elas: “As coisas mudam ou não mudam?”
1)Uma coisa boa pode deixar de ser boa quando a gente não quer que ela seja boa?
2)Quando eu cresço, eu mudo?
3)Quando alguém diz que mudou, isso significa que ele não é mais o mesmo?
4)Se as casas são sempre casas, se os carros são sempre carros, os aviões são sempre aviões e os homens são sempre os mesmos, por que ouvimos dizer que o mundo mudou?Ou o mundo não é mais o