Creche crian as
O objetivo deste artigo é o de apresentar uma forma de trabalho em uma creche, utilizando um procedimento de dinâmica de grupo, em que foi privilegiado o lúdico, em colaboração com pais e professoras, uma vez que, em função de necessidades de trabalho, mães entregam seus filhos aos cuidados de uma instituição infantil e pouco tempo têm para brincar com eles.
A preocupação de pesquisadores, como Bronfenbrenner (1996), é a de que a família e a instituição sejam tomadas isoladamente, em estudos sobre o desenvolvimento humano, uma vez que a criança, a partir de quando ingressa em uma instituição infantil, passa a atuar em um novo contexto de desenvolvimento, que se forma nesse momento, a que ele denominou de mesosistema, apresentando características dos dois contextos: o da creche e o da família, de onde provém a criança da creche. Assim, faz-se relevante que ambos os contextos sejam considerados, no sentido de compreendê-los em conjunto. Nesse sentido, utilizando o brincar como atividade mediadora, procuramos buscar a colaboração de participantes dos dois contextos: pais e professores.
Uma das necessidades das famílias dessa creche era acompanhar o desenvolvimento dos seus filhos, já que as reuniões de pais, que aconteciam durante o ano, não tratavam a respeito disso, sendo mais burocráticas e administrativas. Notamos também que a concepção sobre o brincar de pais e professoras da creche era de que o brincar não se constituía como oportunidade de aprendizagem e de desenvolvimento, mas apenas como pausa nas experiências de ensino/aprendizagem.
Isso nos informou acerca da concepção sobre educação infantil ali presente, como uma “extensão para baixo da escola”, no dizer de Figueiredo (2002). Por outro lado, o pessoal da escola alegava que os pais exigiam atividades tipo escola para os filhos, que freqüentavam a creche. Queixavam-se também da falta de participação dos pais e que mães não atendiam às solicitações feitas nas